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CONSULTA DE EXAME
Você já parou para ler a lista de ingredientes de um biscoito recheado, um refrigerante ou um macarrão instantâneo? Provavelmente encontrará uma série de nomes difíceis de pronunciar: maltodextrina, gordura vegetal hidrogenada, aromatizantes, realçadores de sabor. Esses são os alimentos ultraprocessados, e a ciência é clara: seu consumo excessivo é um dos maiores inimigos da saúde moderna.
Mais do que uma escolha alimentar, reduzir o consumo desses produtos é uma questão de saúde pública. Neste guia completo, vamos desvendar o que torna esses alimentos tão prejudiciais e como você pode fazer escolhas mais inteligentes no seu dia a dia.
A Classificação NOVA: Entendendo os Grupos de Alimentos
Para compreender os ultraprocessados, precisamos primeiro conhecer a classificação NOVA, criada por pesquisadores brasileiros e reconhecida mundialmente. Ela divide os alimentos em quatro grupos:
Alimentos In Natura ou Minimamente Processados: São a base de uma alimentação saudável. Exemplos: frutas, legumes, verduras, ovos, leite, carnes e grãos.
Ingredientes Culinários Processados: Substâncias extraídas de alimentos in natura usadas para cozinhar. Exemplos: óleos, açúcar, sal e manteiga.
Alimentos Processados: Produtos fabricados com a adição de sal, açúcar ou outra substância de uso culinário a um alimento in natura. Exemplos: pães, queijos, conservas e frutas em calda.
Alimentos Ultraprocessados: Eis os vilões. São formulações industriais feitas inteiramente ou em sua maioria de substâncias extraídas de alimentos, derivadas de constituintes de alimentos ou sintetizadas em laboratório.
O Que Torna um Alimento Ultraprocessado?
A principal característica dos ultraprocessados é que eles não contêm alimentos inteiros ou contêm muito pouco. São uma mistura de ingredientes que você não encontraria numa cozinha caseira:
Extratos de proteínas: isolado proteico de soja, whey protein
Gorduras modificadas: gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados
Açúcares de vários tipos: xarope de milho de alta frutose, maltodextrina, dextrose
Aditivos químicos: realçadores de sabor (glutamato monossódico), corantes, conservantes, emulsificantes, edulcorantes artificiais
Os 7 Principais Motivos Para Evitar os Ultraprocessados
1. São Nutricionalmente Desbalanceados
Os ultraprocessados são tipicamente pobres em fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos benéficos. Ao mesmo tempo, são carregados de calorias vazias, oferecendo energia sem os nutrientes necessários para o corpo funcionar adequadamente.
2. Contêm Quantidades Excessivas de Açúcar, Sódio e Gordura Ruim
A combinação de açúcar, sal e gordura é cuidadosamente elaborada pela indústria para criar produtos "hiperpalatáveis" - tão saborosos que é difícil parar de comê-los. Isso leva ao consumo excessivo e contribui para:
Obesidade e sobrepeso
Diabetes tipo 2
Hipertensão arterial
Doenças cardiovasculares
3. Promovem o Consumo Excessivo e a Perda do Controle Alimentar
Estudos mostram que os ultraprocessados afetam os mecanismos de saciedade. Eles são consumidos mais rapidamente, atrasam a sensação de plenitude gástrica e interferem nos hormônios que regulam o apetite, fazendo com que você coma mais do que precisaria.
4. Prejudicam a Saúde Intestinal
Muitos aditivos presentes nesses produtos, como os emulsificantes e edulcorantes artificiais, podem alterar negativamente a microbiota intestinal. Isso pode levar a:
Inflamação sistêmica
Comprometimento da barreira intestinal
Maior susceptibilidade a doenças
5. Estão Associados a Maior Risco de Doenças Crônicas
Uma revisão abrangente de estudos publicada na revista BMJ encontrou fortes evidências ligando o consumo de ultraprocessados a:
Aumento de 29% no risco de mortalidade por todas as causas
Maior incidência de doenças cardiovasculares
Aumento do risco de depressão e ansiedade
Maior probabilidade de desenvolver alguns tipos de câncer
6. Impactam Negativamente o Meio Ambiente
A produção de ultraprocessados geralmente envolve:
Maior uso de recursos naturais
Embalagens excessivas e não biodegradáveis
Cadeias de produção complexas e poluentes
7. Substituem Alimentos Verdadeiros na Dieta
Cada ultraprocessado consumido é uma oportunidade perdida de ingerir alimentos nutritivos. Quando a dieta se baseia principalmente nesses produtos, naturalmente há menos espaço para frutas, legumes, grãos integrais e proteínas de qualidade.
Como Identificar os Ultraprocessados no Supermercado?
A regra de ouro é: leia a lista de ingredientes! Desconfie de produtos que contenham:
Mais de 5 ingredientes na lista
Nomes que você não reconhece ou não usaria em casa
Ingredientes como: gordura vegetal hidrogenada, xarope de frutose, aromatizantes artificiais, corantes (tartrazina, vermelho 40), glutamato monossódico, espessantes e conservantes
Estratégias Práticas Para Reduzir o Consumo
Prefira Comida de Verdade: Baseie sua alimentação em alimentos in natura ou minimamente processados.
Cozinhe Mais: Preparar suas refeições lhe dá controle total sobre os ingredientes.
Planeje suas Compras: Faça uma lista antes de ir ao supermercado e evite comprar ultraprocessados por impulso.
Desembale Menos e Descasque Mais: Essa é uma regra simples e eficaz.
Faça Trocas Inteligentes:
Em vez de refrigerante: água com gás + frutas + hortelã
Em vez de biscoito recheado: biscoito integral caseiro ou mix de castanhas
Em vez de macarrão instantâneo: macarrão integral com molho caseiro
Em vez de nuggets industrializados: faça seus próprios em casa
Mitos Comuns Sobre os Ultraprocessados
"Mas é tão prático..."
Sim, a praticidade é uma vantagem, mas com um pouco de planejamento é possível ter opções saudáveis e igualmente práticas, como ovos cozidos, frutas, legumes pré-lavados e porções de grãos cozidos congelados.
"Esse aqui é light/zero/diet"
Muitas vezes, quando se reduz um nutriente (como gordura ou açúcar), aumenta-se outro ou se adicionam aditivos para manter a textura e sabor. Um produto "zero açúcar" pode ser carregado de sódio ou adoçantes artificiais.
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