Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais
Qualidade, conforto, segurança e atendimento diferenciado.
CONSULTA DE EXAME
As alergias e intolerâncias alimentares em crianças têm se tornado cada vez mais comuns, afetando a qualidade de vida das crianças e gerando preocupações nos pais e responsáveis. Essas condições podem surgir de forma repentina ou ser identificadas ao longo do tempo, quando os sintomas começam a se manifestar após o consumo de determinados alimentos ou substâncias. Embora as alergias alimentares sejam frequentemente associadas a reações imediatas e graves, como dificuldade respiratória ou urticária, as intolerâncias alimentares tendem a ser mais sutis, com sintomas que podem se desenvolver ao longo do tempo, como dor abdominal, diarreia ou desconforto gastrointestinal. Neste artigo, discutiremos como lidar com alergias e intolerâncias alimentares em crianças, abordando diagnóstico, tratamento, prevenção e dicas práticas para os pais.
1. Entendendo as Diferenças: Alergias vs. Intolerâncias Alimentares
A primeira coisa que os pais precisam entender é a diferença entre alergias e intolerâncias alimentares, já que essas condições exigem abordagens distintas.
Alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico da criança reage de forma exagerada a uma substância considerada inofensiva, como proteínas presentes em alimentos comuns. O sistema imunológico, então, libera substâncias químicas, como histamina, que provocam sintomas como urticária, dificuldades respiratórias, inchaço, vômitos ou até mesmo anafilaxia, uma reação grave que pode ser fatal. Alimentos como amendoim, ovos, leite, frutos do mar, trigo e soja são alguns dos alérgenos mais comuns.
Intolerância alimentar, por outro lado, não envolve o sistema imunológico. Trata-se de uma dificuldade no processo de digestão ou absorção de certos alimentos. A intolerância mais comum é a intolerância à lactose, que ocorre quando o corpo tem uma deficiência na enzima lactase, responsável pela quebra do açúcar presente no leite. Isso pode causar sintomas como dor abdominal, inchaço, gases e diarreia. Outras intolerâncias alimentares incluem a intolerância ao glúten, embora esta também seja confundida com a Doença Celíaca, uma condição autoimune.
2. Identificando Alergias e Intolerâncias Alimentares
O diagnóstico de alergias e intolerâncias alimentares em crianças pode ser um desafio, já que os sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições, como infecções ou problemas digestivos. No entanto, com uma observação cuidadosa, os pais podem identificar padrões que ajudam no diagnóstico.
Para alergias alimentares, os sinais podem aparecer imediatamente ou dentro de poucas horas após o consumo do alimento. Sintomas comuns incluem urticária, inchaço nos lábios, face ou garganta, dificuldade para respirar, vômitos, diarreia ou até anafilaxia. Se os pais perceberem qualquer um desses sintomas após a ingestão de um alimento, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente. O médico pode realizar testes específicos, como os testes cutâneos ou exames de sangue, para confirmar o diagnóstico de alergia alimentar.
Para intolerâncias alimentares, os sintomas tendem a ser mais graduais e menos graves, como dor abdominal, gases, inchaço ou diarreia, geralmente algumas horas após a ingestão do alimento problemático. A identificação de uma intolerância pode ser mais difícil, pois pode levar algum tempo para perceber que os sintomas estão associados a alimentos específicos. O médico pode recomendar um diário alimentar para rastrear os sintomas e os alimentos consumidos, ou pode sugerir testes de intolerância alimentar para confirmar a causa.
3. Tratamento de Alergias Alimentares em Crianças
O tratamento de alergias alimentares é geralmente focado na prevenção de reações alérgicas e no manejo de sintomas caso ocorram. Não existe uma cura definitiva para as alergias alimentares, mas com os cuidados adequados, os pais podem minimizar os riscos de exposição a alérgenos.
Evitar o alérgeno é a principal estratégia. Identificar os alimentos que causam reações alérgicas é fundamental para evitar a exposição. A leitura cuidadosa dos rótulos dos alimentos, especialmente em produtos processados, pode ajudar a identificar ingredientes que contenham alérgenos. Também é importante ensinar a criança a evitar certos alimentos quando estiver em festas, escolas ou restaurantes.
Uso de medicamentos pode ser necessário para lidar com reações alérgicas. O médico pode prescrever medicamentos antihistamínicos para aliviar sintomas leves, como urticária ou inchaço. Em casos mais graves, como anafilaxia, a administração de epinefrina (adrenalina) é fundamental para reverter rapidamente a reação. Crianças com alergias alimentares graves devem sempre ter uma caneta autoinjetora de epinefrina à mão.
Imunoterapia é uma opção para alguns casos, em que a criança recebe doses progressivamente maiores do alérgeno para "treinar" o sistema imunológico a não reagir de forma tão intensa. No entanto, isso deve ser feito apenas sob supervisão médica e em ambientes especializados.
4. Tratamento de Intolerâncias Alimentares em Crianças
Embora as intolerâncias alimentares não envolvam reações graves como as alergias, elas podem causar desconforto significativo para a criança. O tratamento geralmente envolve a modificação da dieta e a busca por alternativas alimentares.
Evitar os alimentos desencadeantes é a principal estratégia para controlar as intolerâncias alimentares. Por exemplo, se a criança tem intolerância à lactose, é fundamental evitar leite e outros produtos lácteos, ou substituir por opções sem lactose. Para a intolerância ao glúten, uma dieta sem trigo e derivados é essencial.
Uso de suplementos alimentares pode ser recomendado em alguns casos. Para intolerantes à lactose, por exemplo, o médico pode sugerir o uso de enzimas lactase, que ajudam a digerir a lactose e minimizam os sintomas. Em casos de intolerância ao glúten, o uso de suplementos de vitaminas e minerais pode ser necessário para compensar possíveis deficiências nutricionais.
Alternativas alimentares são cruciais para garantir uma dieta equilibrada. Pais de crianças com intolerâncias alimentares devem aprender a identificar substituições para garantir que a criança tenha uma alimentação completa e saudável, rica em nutrientes essenciais.
5. Dicas Práticas para Lidar com Alergias e Intolerâncias Alimentares em Crianças
Eduque a criança: Ensine a criança sobre sua alergia ou intolerância de uma forma que ela possa entender. Com o tempo, ela será capaz de tomar decisões informadas sobre o que pode e não pode comer.
Leia rótulos com atenção: Produtos alimentícios podem conter alérgenos ocultos. Ao comprar alimentos, sempre leia os rótulos com cuidado e, se necessário, entre em contato com os fabricantes para esclarecer dúvidas.
Prepare lanches e refeições em casa: Isso garante o controle completo sobre os ingredientes e evita a exposição a alérgenos desconhecidos em alimentos preparados fora de casa.
Comunique-se com a escola e amigos: Certifique-se de que os professores e amigos saibam sobre as alergias ou intolerâncias da criança para que possam tomar as precauções necessárias.
Monitore e registre os sintomas: Manter um diário alimentar pode ajudar a identificar padrões de reação e facilitar o diagnóstico de novas intolerâncias ou alergias.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais