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Avaliação de risco pré-natal 2º trimestre (AFP, Beta-HCG)

    Exame: Avaliação de risco pré-natal 2º trimestre (AFP, Beta-HCG)

    Preparação: soro congelado EXT

    Sobre o Exame: O teste do risco fetal é realizado entre 16-20 semanas de gestação, para a avaliação do risco da presença da síndrome de Down e defeitos do tubo neural na gestação (anencefalia, espinha bífida com ou sem mielomeningocele). Mulheres de todas as idades podem ser testadas, embora haja maior indicação para aquelas com idade superior a 35 anos. O teste deve ser realizado nesta faixa de idade gestacional. É necessário um resultado de ultra-som recente, apontando a idade gestacional ultrassonográfica e a notação do peso materno. A gestação múltipla (mais de um bebê) inabilita a execução do teste, assim como a presença de diabetes mellitus insulino dependente anterior à gestação. Para a análise clínico-estatística, é aconselhável a indicação de história prévia e familiar destes problemas. Este teste consiste na combinação do marcador ultra-sonográfico Translucência Nucal (TN) e de dois marcadores bioquímicos de soro materno, Proteína Plasmática A Associada à Gravidez(PAPP-A,), e subunidade ß-livre da gonadotrofina coriônica humana (ß-hCG livre). Compreende as seguintes dosagens: alfafetoproteína (produzida pelo fígado fetal e saco vitelínico), estriol não conjugado (produzido pelo fígado fetal) e beta-hCG (produzido pela placenta). Interpretação clínica: A PAPP-A e o ß-hCG livre são expressos em múltiplos da mediana (MoM). No cálculo de risco não são utilizados os valores absolutos destes marcadores, devido às flutuações que sofrem ao longo da gravidez. As medidas da translucência nucal (TN)estão relacionadas ao comprimento cabeça-nádega (CCN), que é uma das medidas obtidas a partir de ultra-sonografia no primeiro trimestre de gestação. Em virtude da necessidade de medida da TN para obter melhor desempenho da triagem de 1º trimestre, a idade gestacional deve obrigatoriamente ser determinada por ultra-sonografia. Os valores são comparados a tabelas populacionais locais para o estabelecimento da mediana, considerando a raça e a idade. Os valores de cada paciente são divididos pela mediana correspondente, obtendo o MoM (múltiplo da mediana). Por ser um teste de triagem e não um teste diagnóstico, seu resultado fornece um risco relativo para um problema particular na gravidez, em termos de probabilidade de nascimentos. Quando a história clínica é compatível, existem casos anteriores e os procedimentos de imagem são também sugestivos, o teste assume maior confiabilidade. Indicação: probabilidade de gestação afetada pelas anomalias investigadas: Síndrome de Down, Síndrome de Edwards. Sugestão de leitura complementar: Tabor A, Alfirevic Z. Update on procedure-related risks for prenatal diagnosis techniques. Fetal Diagn Ther. 2010;27(1):1-7.